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sábado, agosto 03, 2024

Dois Poemas de Walt Whitman - Trad. Eric Ponty

 Canto-me a mim próprio, uma simples


Canto-me a mim próprio, uma simples pessoa separada,
Mas pronuncio a palavra Democrático, a palavra En-Masse.
Da fisiologia da cabeça aos pés eu canto,
Nem só a fisionomia nem só o cérebro é digno da Musa, eu digo que a
A forma completa é muito mais digna,
A fêmea igualmente com o macho eu canto.
Da vida imensa em paixão, pulso e poder,
Alegre, para a ação mais livre formada sob as leis divinas,
O homem moderno que eu canto.

Enquanto eu ponderava em silêncio

Enquanto eu ponderava em silêncio,
Voltando aos meus poemas, considerando, demorando-me,
um fantasma surgiu diante de mim com um aspeto desconfiado,
Terrível em beleza, idade e poder,
O génio dos poetas das terras antigas,
como se os seus olhos me dirigissem como uma chama,
Com o dedo apontando para muitas canções imortais
E voz ameaçadora: "O que cantais?", disse,
Não sabeis que só há um tema para os bardos eternos?
E esse é o tema da Guerra, a fortuna das batalhas,
A formação de soldados perfeitos.
Se assim for, então respondi,
Eu também, altivo Sombra, também canto a guerra, e uma mais longa e maior do que
que qualquer outra,
travada no meu livro com fortuna variável, com fuga, avanço e recuo,
vitória adiada e vacilante,
(Mas acho que é certo, ou tão bom quanto certo, no final,) o campo o
o mundo,
Para a vida e para a morte, para o corpo e para a alma eterna,
Eis que também eu venho, entoando o canto das batalhas,
Eu, acima de tudo, promovo bravos soldados.

Walt Whitman - Trad. Eric Ponty

ERIC PONTY - POETA - TRADUTOR-LIBRETTISTA

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