(pseudônimo de Eugène Emile Paul Grindel; Saint-Denis, 14 de dezembro de 1895 - Charenton-le-Pont, 18 de novembro de 1952) foi um poeta francês, autor de poemas contra o nazismo que circularam clandestinamente durante a Segunda Guerra Mundial.
Participou no movimento dadaísta, foi um dos pilares do surrealismo, abrindo caminho para uma ação artística mais engajada, até filiar-se ao partido comunista francês. Tornou-se mundialmente conhecido como O Poeta da Liberdade.
É o mais lírico e considerado o mais bem-dotado dos poetas surrealistas franceses.
Aos 16 anos, após uma infância feliz, Paul Éluard contraiu tuberculose, o que o obrigou a interromper seus estudos. Na Suíça, no Sanatório de Davos, o jovem conhece o poeta Manuel Bandeira, que lá também estava a tratar sua tuberculose. Éluard também trava contato com uma jovem russa, Helena Diakonova, que ele chama de Gala. Casa-se com ela em 21 de fevereiro de 1917. Sua impetuosidade, seu espírito decidido, sua cultura impressionam o jovem Éluard, que encontra nela seu primeiro impulso de poesia amorosa. Juntos, eles leem poemas de Gerard de Neval, Baudelaire e Apollinaire. Em 11 de maio de 1918, nasce sua filha Cecile.
Em 1918, quando a vitória é proclamada, Paul Éluard alia a plenitude de seu amor a um profundo questionamento do mundo: é o movimento Dada que vai disparar este processo, através do absurdo, da loucura, do nonsense.
Amigo íntimo de André Breton, Éluard participa de todas as manifestações dadaístas. Mas ele é o único do grupo a afirmar que a linguagem pode ter um propósito por ela mesma, enquanto os outros a consideram apenas como um “meio de destruição”.
O surrealismo, na sequência, lhe dará os subsídios para sua criação. Muito bem aceito pelos críticos tradicionais da época, atualmente, sua vida confunde-se com o movimento surrealista.
Em abril de 1948, Paul Éluard e Picasso são convidados a participar do Congresso para a Paz em Wroclaw, Polônia. Em junho, Éluard publica os “Poemas Políticos”. No ano seguinte, participa dos trabalhos do Congresso em Paris como Conselheiro mundial da Paz. No mês de junho, passa alguns dias com os gregos entrincheirados no Monte Grammos.
Depois vai para Budapeste, assistir às festas comemorativas do centenário da morte do poeta Sandor Petõfi, onde encontra Pablo Neruda. Em setembro, participa de mais um Congresso da Paz, no México. Conhece Dominique Lemor e se casa com ela em 1951.
Neste mesmo ano, publica “O Phoenix”, obra inteiramente dedicada à alegria reencontrada.
Em novembro de 1952, Paul Éluard morre do coração, em sua casa. Neste dia, segunfo Robert Sabatier, “o mundo inteiro estava de luto”.
Paul Éluard Obra I da Gallimard de 1971
Os pequenos justos
l
Nenhum comentário:
Postar um comentário