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segunda-feira, dezembro 19, 2022

AURORA - PAUL VALÉRY - TRAD. ERIC PONTY



Desta confusão sombria
Que serviam do sono 
dissipando uma rosa 
tão aparente do solar. 
Da minha alma eu avanço 
Muito aladas de confiança: 
É está primeira oração! 
De areias quase esquerdas
Tomarem passos admiráveis
No passo à minha razão. 

Oi! Quem ainda a matou, 
Com vossos sorrisos gêmeos, 
similitudes amigas que reluzem 
dentre palavras vagar entre abelhas, 
Eu vou ter vós por cesto, 
E sobre o impactante nível 
Da minha escala dourada, 
Minha prudência esvaiu 
Já o pé branco concebeu.

Que aurora sobre a garupa
Quem começar lhe aljava! 
Já se estende pelos grupos 
Tais que parecia dormir. 
Um brilhar, outros bocejos; 
E em dum pente de escala 
Do fato seus dedos vagos, 
Devaneio ainda próximo,  
Desta indolente união
Com premissas de tua voz.

O quê! É mal exaltaram! 
O que você, noite fez, 
mestras do imo, ideias, 
Funcionária do tédio? - 
Sempre sábios, eles dizem, 
Nas presenças de imortais, 
Que jamais traiu seu teto! 
Nós estamos tão distantes, 
Mas as aranhas secretas 
Na vossa escuridão!

Não será vossa alegria 
Ébria! Alma ver resultante 
Destas Cem mil sedas sóis 
Em seus tecidos coagiram?
Olhar para o que fizemos: 
Temos sobre os teus abismos 
Atidos aos filhos bárbaros, 
E tomado do humor nu 
Em tela perece estremecer regime...

Teu tecido espiritual, 
A Brisa está procurando 
minha floresta sensual 
Oráculos da canção. 
Para ser! Ouvido comum! 
Todo o cerne está abrigado 
O extremo do desejo... 
Ela escuta-se que treme 
E às vezes meu lábio pinta 
vibrando para abusar. 

Aqui minhas vinhas frondosas, 
Dos berços de minhas chances! 
As imagens são abundantes 
Com igual dos meus olhares... 
Qualquer folha expõe a mim 
Nasceu dum nascente efeito 
Se eu beber franzino bruto...
Tudo mim é polpa, amêndoa, 
Do cálice exige de mim 
Que eu almeje que o seu fruto.

Não receio dos espinhos! 
Despertar é bom, mesmo muito! 
Predadoras ideais 
Não ansiamos que se ter fé: 
Não é de encanto um mundo 
De tão ferida profunda 
Quem não estiver na raptora 
Qual duma ferida fértil, 
E o seu próprio sangue abona 
Ao ser o sensato sem dono.

Meu enfoque é transparência 
Desse bacio invisível 
Onde nada minha espera 
A água conduz pelo centro. 
Topo reduz tempo vago 
E esta mareta arrepanha colar 
Sem se torna análogo...
Ela sob onda banal 
Profundidade infinita, 
E balançar, então, o toe. 

PAUL VALÉRY - TRAD. ERIC PONTY 

POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA ERIC PONTY

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