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terça-feira, dezembro 13, 2022

Andre Breton - POEMAS - TRAD. ERIC PONTY

André Breton (Tinchebray (Orne), 19 de fevereiro de 1896 — Paris, 28 de setembro de 1966) foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.

De origem modesta, iniciou sem entusiasmo estudos em Medicina sob pressão da família. Mobilizado para o exército na qualidade de enfermeiro para a cidade de Nantes em 1916, travou ali conhecimento com Jacques Vaché, filho espiritual de Alfred Jarry, um jovem sarcástico e niilista que viveu a vida como se de uma obra de arte se tratasse e que morreu aos 24 anos em circunstâncias bastante suspeitas (a tese do suicídio é controversa). Jacques Vaché, que não mais deixou do que cartas de guerra, teve uma enorme influência no espírito criativo de Breton: enfraquecendo a influência de Paul Valéry e, deste modo, determinando tanto a sua concepção de "Poète" (Le Pohète segundo Vaché) como a de humor e de arte.

Em 1919, Breton funda com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista Littérature e entra também em contato com Tristan Tzara, fundador do Dadaismo.

Em Les Champs magnétiques (escrito em colaboração com Soupault), coloca em prática o princípio da escrita automática. Breton publica o Primeiro Manifesto Surrealista, em 1924.

Um grupo se constitui em torno de Breton: Philippe Soupault, Louis Aragon, Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Robert Desnos, Benjamin Péret. No afã de juntar a ideia de « Mudar a vida » de Rimbaud e a de « Transformar o mundo » de Marx, Breton adere ao Partido Comunista em 1927, do qual fora excluído em 1933.
Viveu sobretudo da venda de quadros em sua galeria de arte. Sob seu impulso, o surrealismo torna-se um movimento europeu que abrange todos os domínios da arte e coloca profundamente em questão o entendimento humano e o olhar dirigido às coisas ou acontecimentos. Inquieto por causa do governo de Vichy, Breton se refugia em 1941 nos Estados Unidos da América e retorna a Paris em 1946, onde permaneceu até sua morte a animar um segundo grupo surrealista, sob a forma de exposições ou de revistas (La Brèche, 1961-1965).

Há antiga rua da liberdade

O grande industrial preto apresenta uma toalha na pele de Iguana branca
Em articulados de ventos carregado com flores
Num carro fúnebre da crioula luz
De avestruz aéreo desproporcional
Feito de água todos os reflexos da savana
Dicas de vaga-lumes de energia que me atravessam por findo
à noite tropical ajusta todos sons militares num intervalo
Sempre vasos dum estilo modulam calmo perfume no fluxo de lava
Eu faço uma lâmpada do velho
São Pedro que ainda funciona
Da vida intermitente é o crepitar de um colibri verde
E me cedeu o teu mercado oceânico murmúrio
Da bancada
Que embora boa luminosa
Uma
Vamos nos esconder meus amigos
Nos cumprimentos do século passado
Especialmente denunciarem as raças inimigas alegadas
Para que minha fome se espalha na árvore de mil enxertos
Nesta tensão do alto-falante só
Segura há muito tempo para me reabilitar
Aqui das fontes de
Wallace atordoado que vinha dar uma aparência mitológica
Para esmero nada, mas sua rainha marcha acontecendo no outro lado
Sua garganta do crepúsculo clara de rosas do
Senegal
De sua jovem mão tocando junto dos portões do palácio.
Fort-de-France, maio 1941.
Do Sonho

Mas a luz regressa
Do prazer de fumar
O azul-aranha de fadas cinzas e pontos rubros
Nunca está alegre com as suas casas
Mozart
A ferida cicatriza tudo se esforçou para ser grato e falo na sua cara transforma a imagem da sombra do fundo do mar convocado de pérolas
As pálpebras dos lábios farejam o dia
Na arena que está vazia
Um dos pássaros está voando
Tem sido cuidadoso para não olvidar a palha e arame
Dificilmente se é bom de um enxame de patim
A mão da seta
Uma estrela perdida estrelas em nada além de uma noite de pele.
Números e constelações em amor com uma mulher

A glóbulos de vida têm toda a sorte e para que sejam amontoados para si mesmo como muitas vezes como a queda de chuva na folha e o vidro, de acordo com as parcelas não anteriormente decididas que a falta que ele mantém o segredo e isto faz em muito sentido que indicam os raios do sol. 

É como as pérolas destas pequenas caixas redondas de infância de brinquedos porque existe já não vê que não deixa enquanto o preço de uma longa paciência não tínhamos pontuado até a última célula na boca um sorriso.

A cabeça de Ogmios encimado dos javalis sempre tocará também claro pela trovoada: para nunca ela nos oferecer um rosto atingido pelo mesmo canto como dos céus. No centro, a beleza original, obscura das vogais, servido um comando improvisado do supremo em números.


POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA ERIC PONTY

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