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terça-feira, agosto 30, 2022

EPITÁFIO PARA ORPHEU - ERIC PONTY

Que mão vai parar seu pé fugaz terra,
Libertando a beleza de sua enxada?
Não irá salvar meu amor, mas um milagre:
Que impresso em tinta preta brilhará.

Se em covas de impudência é derramado,
Vigor, ou seja, passividade,
É cruel, sangrento e não confiável,
Atroz, selvagem, sórdida e brutal!

Fugazes e odiados de quase sempre,
Buscado sem motivo, quando exímio,
Odiado sem motivo, como essa isca!

Capaz de irritar qualquer um que a engole:
Em ato, uma alegria, então, um infortúnio;
Sonho que não vai além do prometido!

POETA,TRADUTOR,LIBRETISTA ERIC PONTY

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