PARA NILO DE LIMA E SILVA
Montes silencio, borda alva do mundo,Quatro arcanjos caíram contra céu sem luz,
Suportaram, passos tranquilos e iguais,
Em grandes asas forradas, de grandes asas forradas,
caixãozinho porco onde uma criança deve aleitar,
Tão pequeno. (entanto irreal, Deus nunca poderia,
Ter-lhes dado a volta da criança da buganvília à luz do sol,
E fechá-lo naquela carapaça solitária, pra cair pra sempre,
No desocupado e no silêncio, pra a noite....)
Então, no puro auge do rol, acudiram à sua queda,
Por meio em tristezas ignotas, àquele frágil caixão preto,
Pequeno pobre Corpo de Deus jaz, gasto e magro,
Qual floral ermo, jazido gasto e magro,
Até não fosse mais visível; após recuado inda,
Rostos tristes e calmos pra, debaixo, pra campo.
Rupert Brooke - TRAD. ERIC PONTY
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