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domingo, maio 02, 2021

REQUIEM PIERROT - ERIC@PONTY

    

Numa praça em frente ao Metropolitan opera House no Lincoln center, em nova Iorque, os cambistas estão a gritar no topo dos seus pulmões para os compradores de bilhetes, ao lado duma fonte. O Pierrot aproxima-se de um dos cambistas que parece não estar tão ansioso. 

Há apenas um bilhete de lugar especial na sua mão. Não é de admirar queira encontrar um bom comprador. O Pierrot é escolhido e que o bilhete torna-se seu por 180 dólares. És que Pierrot senta-se num banco. Um cavalheiro ao seu lado pergunta com entonação de muito Pierrot pagou pelo bilhete. Ouve dize-lo que o preço foi de 180 dólares e ao dizê-lo: "Para dizer a verdade, o seu bilhete é aquele que eu vendi a um cambista por 140 dólares, porque a minha mulher não pôde vir devido a assuntos urgentes. 180 dólares não é assim tão maus". 

A atuação é o "Otello" de Verdi. O espetáculo vem para esse dum fim. A cena é o quarto de dormir de Desdemona: 

 

A Barbara, a mulher que tinha servido a sua mãe. 

Apaixonou-se por um homem, e morreu. 

A Bárbara costumava cantar:  

"Oh, salgueiro, salgueiro, salgueiro!". 

Desdemona começa a cantar. 

Tendo uma premonição da sua morte, prostra-se num altar. 

O Pierrot não quer ver a sua morte. 

Por um instante, o tempo fica estático. 

O Pierrot sobe o pilar da bancada de música, 

evitando o olho de um condutor a acenar como duma batuta. 

O suporte de música não é tão altiva como se previa. 

 

O Pierrot encontra-se sobre uma folha de música se tivesse cinco pautas, 

e se curva para trás com todas as suas forças para cessar esta música. 

Nesse momento, o corpo sobe para o ar. 

O Pierrot posta as suas mãos na borda do suporte musical 

e agarrando-se bem, 

e depois despreende, caindo em frente dos pés do maestro. 

As coisas continuam tal como foram decididas anteriormente. 

A vida de Desdemona é tirada por Otello que caiu nas armadilhas 

postas por lago. 

O Pierrot, resiste esse peso do condutor para um pouco ouve o lamento de Otello  

que reparou no seu erro, 

sob os sapatos do maestro durante algum tempo. Depois padece! 

 

    Finda-se então a cortina. Uma figura de um homem numa calçada ao longo Central Park South foi visto ao deixar o Lincoln Center como algo já tendo visto. Porém outra figura o seguiu. O vento que embargou-lhe às abanou árvores à beira desta estrada. O Gelo fino rachado sob estas solas dos sapatos à pressas da casa. 


ERIC PONTY

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