MARIE STUART
A fronte ferida sóis duma invisível coroa,
Rainha ainda infanta, viúva dum jovem amor,
Chora ornada ganha deste coração,
Se fina e se felina ou são maios florcoroa.
Lá, que desata seus velos abraçados,
Que será sua pátria ardente? Qual dum´ébria,
Lhes paga em ira e o céu talvez carícias,
Desta pessoa rígida, hostil desses beijos?
Tão grácil, ela sonha à adolescência frágil,
Ao Rei d´escassas noites extintas para ela,
Virgem mortal sobre qual são hálito a sofrer;
E mesma em seus prantos já quase adúltera,
Eleita pra meu mote um belo verso desolado:
Esta tem de mais suave, está jazer logo a terra. »
Albert Giraud - Poeta simbolista belga (1860 – 1929)
Eric Ponty
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