Muita vez, por prazer, e pelos marinheiros
Prendem o albatroz, grandes aves dos mares,
Que seguem, indolentes companheiros de viagem,
O navio a deslizar sobre os amargos abismos.
Assim que eles os deitam mansos sobre as pranchas,
Esses reis do azul, sem jeito e envergonhados,
Deixam com pena atroz sua grande asa branca
qual remos pendurados imensos ao seu lado.
Este viajando alado, é grotesco tão frouxo!
Ele, antes que tão belo, como é cômico e feio!
O Marujo pica o bico com cachimbo bruxo,
Outro o imita pé coxeando, aleijão voava!
O Poeta lembra o príncipe destas nuvens,
Que vence a tempestade e ri do arqueiro;
Está preso ao chão, em meio ao povo, às vaias,
As asas gigantescas o impedem de pisar.
Eric Ponty e Thereza Christina Rocque da Motta
Nenhum comentário:
Postar um comentário