A
morte não terá nenhum domínio.
Os
homens nus hão de ser um só
Com
o homem no vento e a lua poente;
Quando
ossos caiam asseados e os ossos limpos se espalhem,
Terão
estrelas no calcanhar e o pé;
Ao
que ficarem loucos serão judiciosos,
Ao
se fundarem no mar de novo nasceram,
Aos
percam os amantes, não se invadiram do amor;
E
a morte não terá seu domínio.
A
morte não terá nenhum domínio.
Dos
que perpetram do tempo os fez
Embaixo
dédalos mar não hão padecer dentre os ventos,
Retorcidas
angústias quando nervos cederem,
Atados
qual as rodas não serão dilaceradas;
As
fés de suas mãos, hão partisse em dois,
E
farão traspassar-lhes os maus unicornes;
Desfigurados
todos dentões, não estalaram.
E
a morte não terá seu domínio.
A
morte não terá nenhum domínio.
Já
gaivotas não gritaram aos ouvidos
Nem
romperam ondas sonoras nas praças;
Onde
alentou-se uma flor, noutra flor talvez jamais
Ergam
à cabeça aos embates da chuva;
Aos
que estejam loucos e inteiramente mortos
Em
suas cabeças martelarem nas margaritas;
Irromperam
ao sol até sol fraqueje,
A
morte não terá nenhum domínio.
Eric Ponty
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