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sábado, julho 20, 2019

A morte não terá nenhum domínio - dylan thomas


A morte não terá nenhum domínio.
Os homens nus hão de ser um só
Com o homem no vento e a lua poente;
Quando ossos caiam asseados e os ossos limpos se espalhem,
Terão estrelas no calcanhar e o pé;
Ao que ficarem loucos serão judiciosos,
Ao se fundarem no mar de novo nasceram,
Aos percam os amantes, não se invadiram do amor;
E a morte não terá seu domínio.

A morte não terá nenhum domínio.
Dos que perpetram do tempo os fez
Embaixo dédalos mar não hão padecer dentre os ventos,
Retorcidas angústias quando nervos cederem,
Atados qual as rodas não serão dilaceradas;
As fés de suas mãos, hão partisse em dois,
E farão traspassar-lhes os maus unicornes;
Desfigurados todos dentões, não estalaram.
E a morte não terá seu domínio.

A morte não terá nenhum domínio.
Já gaivotas não gritaram aos ouvidos
Nem romperam ondas sonoras nas praças;
Onde alentou-se uma flor, noutra flor talvez jamais
Ergam à cabeça aos embates da chuva;
Aos que estejam loucos e inteiramente mortos
Em suas cabeças martelarem nas margaritas;
Irromperam ao sol até sol fraqueje,
A morte não terá nenhum domínio.
Eric Ponty

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