Ô doces prendas por minha mal faladas,
Doces e alegres quando Deus queria,Juntas estais em minha vã memória,
Com ela em minha morte conjuradas!
Quem me deixara, quando às passadas
AS Horas tanto bem por vos me via,Que me habitas de ser em algum dia
Com tão grave dor representadas?
Pois em uma hora junto me levastes,
Todo o bem que por términos me distes,Leva-me junto ao mal que me deixastes;
Se não, suspeitarei que me pusestes
Em tantos bens, porque desejastes
Verme morrer entre memórias tristes.
TRAD. ERIC PONTY
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