Do
que nunca suficientemente alardeava, harmónica Fénix do indiano Parnaso, A
madre Juana Inés de la Cruz, religiosa professa do convento de São Jerónimo.
Que importa no pastor sacro, que à chama
De teu obrar negar queira desta vitória,
Se, quando mais apaga tanta glória,
Mesma luz às recordações da chama.
E se de cada marmo mundana clama
De seus brasões indelével história,
Por que sirva de letra a tua memória
O que de pedra ao templo de tua fama?
Que da sagrada cifra, que venera,
O discurso nas pedras, comedido,
E na duração eterna persevera.
Isenta-lhe livre do escuro olvido,
Alardear-te porás, do culto ribeiro,
Que só ti lhe constróis este sentido.
SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ
TRAD. ERIC PONTY
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