E que jamais à rosa da beleza padeça,
Sim já macieira, despois madures,
De tua memória sejas tua estirpe irmã.
Mas tu, cativa por teus olhos radiantes,
Este fulgor avivas volve ardor essência,
Na escassez converteu teus dons abundantes,
Hostil consigo mesmo e cruel tua existência.
Pois tu, do Mundo agora flamante ornamento,
E desta primavera herança mais acesa,
Em teu capulho enterras semente e contento.
Que se róis sendo avaro, ô, torpe usuário.
Apieda-te Mundo, não engulhas codicioso
Levando-se à tumba o fruto mais precioso.
W. SHAKESPEARE
TRAD. ERIC PONTY
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