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quarta-feira, janeiro 24, 2018

Dois Poemas de Charles Baudelaire - Trad. Eric Ponty

As Varandas
Mãe das memórias, da amante desses amantes,
Ó tu todos meus gozos, minhas dívidas de amor!
Atrele à mente o toque gentil nossa carícia,
A doçura desse cerne, o encantador céu arriba,
Mãe de memórias, da amante desses amantes!

Noites fulguram pelo ardor desse carvão,
E na varanda, a rosa que trazem sublimes;
Doce teu peito a mim, quão amável é a tua alma!
Mui vezes nós dizíamos de coisas tão duráveis,
Noites fulguram pelo ardor desse carvão,

Quão lindos são sóis! Quentes teus feixes noturnos!
Infinito é o sítio! Cerne, quão forte e bom!
Se curvar teu mando, ó amado, ó, minha rainha,
Pensei que poderia respirar odor teu sangue.
Lindos são sóis! Quente teus feixes noturnos!

Então, nós seríamos reclusos noite espeçaste,
Sombra meus olhos predisseram teus olhos fundos,
E eu tomaria a respiração, veneno, deleite!
Minhas mãos fraternas, teus pés iam dormir,
Quando seríamos reclusos noite espeçaste.

Tenho a arte de chamar os tempos felizes,
Ver mais advindo lá curva dentro teus joelhos.
Onde devo buscar graça, langue e sublime,
Se não jaz teu cerne asseado, corpo em teu caso.
Eu tenho a arte de chamar os tempos felizes!

Esses votos, perfumes doces, beijos infinitos,
Será abrolharam golfo não podemos soar,
Grau sóis recém-nascidos levam voos celestiais
Tendo sido abluída oceanos, rica e profunda?
-Os votos! Doce perfume! Os beijos infinitos!

LXXVII – SPLEEN

Eu até poderia ser rei das terras chuvosas -
Ricos e jovens, mas inúteis e ancestrais,
Quem desapoia a trupe protetores teus pés
E vadiar com teus mastins e outras bestas.

Nada poderia animá-lo apostas ou falcoaria-
Nem mesmo temas fenecendo em tua porta.
Os jograis cômicos do Buffon do tribunal
Não divertiria esta cruel maldade.

Tua cama régia não passaria duma tumba,
E as cortesãs, dotam qualquer príncipe,
Já não tem palhaças ou usam roupas
Obter riso a partir deste jovem uno ossos.

O alquimista que o fez ouro não pode
Avisar que tua alma se extirpe a falha;
Nem naqueles banhos sangue romanos trouxeram
Versaria a força juvenil do corpo dum velho.

A ciência estudiosa traz à vida dum morto
Com a água podre de Leté em tuas veias.

TRAD. ERIC PONTY









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