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quarta-feira, setembro 13, 2017

Duma quase flor nada - Eric Ponty



À Carine
Belas, galantes, flores lívidas, altivas.
Qual tu mesma, outras consortes em ti desejo:
São damas, e segue-te vivaz dum cortejo
Extensa multidão Núbia de feitios cativos.
Têm brancura do mármore imortal;  lascivas
Feitios; os lábios feitos para o teu desejo ;
E impassível e desdenhoso vulto a vejo
Belas, galantes, flores lívidas, altivas...
Porque? Porque lhes falta vida todas delas.
Mesmo ás que são mais duras e demais tão belas.
Detalhe fez sutil, duma quase flor nada:
Falta-lhes compaixão que em mim tu me exaltas,
E entre as graças odor do que brilha, que exalas
A vaga graça luz da mulher fez amada.
Eric Ponty

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