À Carine
Eu
não almejo bem do que eu mais desejo:
Sou maldito, e disso me conduz convencido;
Sou maldito, e disso me conduz convencido;
Vossas palavras vagas, com que
sou punido,
São penas das faltas verdades de sobejo.
São penas das faltas verdades de sobejo.
O
que dizeis é mal soberbo mui sabido,
Pois nem se abriga nem
flui na busca do ensejo,
E ainda à vista naquilo é visto que mais vejo:
Em vosso olhar, Ágata severo ou distraído.
E ainda à vista naquilo é visto que mais vejo:
Em vosso olhar, Ágata severo ou distraído.
Tudo quanto afirmais Minh
‘alma eu cismo alegro:
Ao meu amor em vão repudiado em riste
Toda a esperança de alçar –vos te entrego.
Ao meu amor em vão repudiado em riste
Toda a esperança de alçar –vos te entrego.
Digo-lhe
quanto sei, à tarde, mas ela insiste;
Conto-lhe o mal prevejo, e ela, que és tão cega.
Põe-se a presumir do bem que é não existir.
Conto-lhe o mal prevejo, e ela, que és tão cega.
Põe-se a presumir do bem que é não existir.
Eric
Ponty
Nenhum comentário:
Postar um comentário