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quinta-feira, setembro 14, 2017

A celestial Calmaria - Eric Ponty



À Carine
Reviver o teu gozo desolado, embora,
Sorrindo e gemendo a tez foi se passando
Erguendo-te os véus sombrios já advindo aurora;
Recordando amargor da noite e sonhando...

Cada alma tem teu aprazo mudez recato
De despida miúde numa estrela ferida
No breu da nuvem cada coração internato.
Põe nudez tem na estrela vela duma vida.

Aplicando o escutado a correnteza fria
Solidão dos galpões à margem da matéria
Recordar decomposta lama jaz sombria.

Recordar te pensando nas estrelas erra,
Dá, sorrindo, teu braço conduzir nos erros...
Aos sonhos alvos, luzir que não passam terra.
Eric Ponty

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