Em algum lugar arredio da via do burgo,
fica o antigo assento campal. Em átrio velho,
altas árvores de choupo projetam sombras;
posto no saguão, um antigo relógio diz a todos,
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours!
No meio da escada, ele está de pé, apontando
brandindo com mãos do arco roble cheio,
qual monge que, sob manto, se cruza e suspira,
infeliz, com voz triste para todos passantes,
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours
Durante o dia, sua voz é baixa e leve; mas
discreta da noite, distinta qual a queda
de um passo ido, ela ecoa ao longo da trilha oca,
ao longo do teto, ao longo do chão,
e parece dizer em cada porta do quarto, -
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours!
Em dias de dor e de alegria,em dias féretro
em dias de ato de nascer,em todos revesess
Do tempo mutável, sereno ele jazeu,
qual Deus, tudo visse,repete calmo essas
palavras de entusiasmo que ecoam recinto.
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours!
Naquela mansão soia estar o Hospitaleiro;
Seus grandes fogos na chaminé rugiam;
O estrangeiro se banqueteava em sua mesa;
Mas, qual o ossada no banquete,
Aquele relógio de ultimato nunca parou,
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours
Lá, grupos de guris alegres brincavam,
Lá, jovens e donzelas previam; Ó horas preciosas!
Qual um avarento conta seu ouro,
Aquelas horas o antigo relógio contava, -
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours
Todos estão dispersos e fugiram,
Alguns estão casados, outros estão mortos;
E quando eu pergunto, com dores de cabeça,
"Ah! quando todos se acharão mais?"
Qual nos dias, já se foram, o antigo relógio responde,
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours
Nunca aqui, para sempre lá, Onde toda união,
dor e cuidado,E a morte e o tempo obscurecer-se,-
Para sempre lá, mas nunca aqui!O relojoeiro
da Eternidade que diz isso incessantemente, -
- Toujours, jamais! –
Jamais, toujours
Longfellow - Trad Eric Ponty
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