À alva, caros raios, minha testa sonha com teu diadema!
Assim que se ergue, ele vê com dum olho que dormes,
Sobre mármore absoluto, o tempo de palidez é pintado,
A hora sobre mim desceu e cresceu até ao ouro.
... "Exista! ... Sejas a ti mesma afinal! diz a Alvorada, ,
Ó grandeza alma, é tempo de formar um corpo!
Apressar a propuser vós um dia digno de rebentar,
Entre tantos outros fogos, os vossos tesouros imortais!
Já, contra a noite, a trombeta amargar luta,
Com um lábio vivo atacar o ar gelado;
Ouro puro, de volta em volta, rebenta si próprio,
Recordar todo espaço pra os esplendores do ido!
Voltem ao aspecto real! Saiam das vossas sombras,
E como o nadador, nesta plenitude do mar,
Calcanhar todo-poderoso expulsa-o das águas escuras,
Deixem monstros do teu sangue gerarem na sua cama!
Venho do Oriente para agradar os seus caprichos!
E venho para vos oferecer minha mais pura comida;
Que a tua chama se alimente do espaço e do vento!
Venha juntar-se ao brilho do meu presságio"!
- Respondo! Saio desta minha profunda ausência!
O meu coração puxa-me mortos contra quais meu sono,
Estes versos grandes águia rebentam com o poder,
Leva-me para longe! ... Voo até ao sol!
Levo apenas uma rosa e fujo... A bela seta,
Para flanco!... Minha cabeça dá à luz multidão de passos.
Suba, O Semíramis, dona de uma espada,
Que de coração sem amor brota a única honra!
Seu olhar imperial tem sede do grande império,
A quem o seu ceptro duro faz sentir felicidade.
Atreve-te ao abismo!.... Passe última ponte de rosas!
Aproximo-me de si, por perigo! Mais orgulho zangado!
Estas formigas são minhas! Estas urbes são minhas coisas,
Estas passagens são atributos da minha autoridade!
O meu reino é uma vasta pele de uma besta!
Matei então o leão que usava está pele;
Mas ainda do cheiro do fantasma feroz,
Flutuar com morte, e guardar o meu rebanho!
Enfim, ofereço ao sol segredo dos meus encantos!
Nunca tinha dourado num limite tão gracioso!
Paul Valéry - Trad. Eric Ponty
ERIC PONTY POETA TRADUTOR LIBRETISTA
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