que o fez arder na onda de Tessália,
e se aqueles cachos loiros e prezados dela
não te olvidou com o passar dos anos,
da geada inerte e do clima duro e cruel
que dura enquanto esconde teu rosto,
venha agora defender a folha honrada e sagrada
primeiro, e eu, depois, também fomos epítomes;
e depois, em virtude da esperança amorosa
que o manteve durante tua vida amarga,
torne clara a atmosfera de tal impressão;
então veremos juntos, maravilhosas,
Nossa Senhora sentada na grama,
braços lançará a sombra ao redor de si mesma.
II
Para fazer um ato gracioso de vingança,
e punir mil erros em um único dia,
O amor sempre pegou seu arco secreto,
homem que espera a hora e o lugar para atacar.
Meu poder estava restrito em meu coração,
fazendo defesa ali e em meus olhos,
quando o golpe mortal caiu ali,
todas outras flechas haviam sido embotadas.
Assim, confuso com o primeiro ataque,
ele não teve oportunidade ou força
para pegar em armas quando fosse imperioso,
ou me retirar astuto para o alto,
colina alta e íngreme, longe do tormento,
do qual ele deseja me salvar agora, mas não pode!
III
Foi naquele dia em que o raio de sol
se escureceu de pena de seu Criador,
que fui capturado e não me defendi,
porque lindos olhos me prenderam, Senhora.
Não me pareceu ser o momento de me proteger
contra os golpes: então segui em frente confiante,
sem suspeitar; a partir daí, meus problemas
começaram, entre as tristezas públicas.
O amor me descobriu sem armas,
e abriu pra o coração por meio dos olhos,
se tornaram as passagens e portas das lamúrias:
que me parecemos que não tem muita honra
ferir-me com tua flecha, nesse estado,
não mostra teu arco que estão armados.
ERIC PONTY
ERIC PONTY POETA TRADUTOR LIBRETTISTA
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