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quinta-feira, março 16, 2023

MOEMA ENTRE JANELAS - ERIC PONTY

Acreditei a mim mesmo sob um véu gracioso,
Descobrir uma mulher jovem, indefesa,
Ternura às orações, ou mesmo em trança e saia,
Como quando se estava ao sol da geada;

Mas, tendo destapado o ardor que oculto,
E o forte desejo que em mim está impregnado,
temperado como uma coluna alta
ou pedra ou sílex para o céu mais conturbado.

E ela, num lindo jaspe embrulhado, vi,
Da Medusa mostram a aparência e os braços,
Tal maneira que fiquei gelado e rouco; entre um gato.

E queria dizer, e não se retirou, presença,
enquanto estava fora duma pedra e dentro o fogo:
espeta-me senhora, mas primo me põe aceso.

II

Ciúme disse: 'Vou dar uma olhadela',
Que numa inspeção mais atenta a flor é o meu cupão,
Que terei pessoas de tanta providência,
Num relicário Livro das Horas jaz ela.

Ao jardim foi orgulhosa e galante,
E lá encontrou Bellacoglienza,
E disse: "Fizeste uma tal falsidade,
Que te tomo por tolo e por musa.

E a ti digo: Jaz o Medo e Vergonha,
Que aquele que procura flores confie em si,
De certeza que não está a ler Bolonha.

E que esquife que aponta agora não grita,
Disse-me que estava na Catalunha,
Semeia, não olha bem para o que tem no seu guia.

Caros leitores deste bloque,
Não sou de suprimir poemas publicados, mas, neste caso nasceu um livro UMA LÍRICA FLOR PARA MOEMA que pretendo publicar, assim sendo vou suprimir alguns poemas publicados.

ERIC PONTY
ERIC PONTY-POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA

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