faz bem às vezes, podem fazer todo mal,
Àqueles olhos, afastam só da besta fera,
Apenas quanto basta pra "dar" à ira do
homem!
Mesmo mentindo, a voz! Nota matinal,
Doce canto vésperas, sinal fresco, ou adorável.
Dos soluços que mortos nas dobras dos xales.
Ah! que ao menos, longe do beijo e da luta,
Nas montanhas, algo jazerá por um tempo.
Sendo algo chegou do coração infantil e sutil,
Bondade, respeito. Porque, quando a Morte acha,
O que de nós já verdadeiramente nos restará?
Por meio de um céu vago, ele fez o tordo voar,
Enquanto Sol lançava os dardos monótonos,
Sobre brenhas douradas onde cervos assobiam.
Ela e eu caminhamos, sós e em nossos sonhos,
Vento, os sentimentos, os cabelos ao ar,
Virando-se pra mim, com olhos cheios d´alma,
"Qual foi seu dia mais cheio?", perguntou ele.
Sua voz é sonora, doce timbre fresco angélico,
Meu sorriso discreto foi a resposta dela,
Então, cheio de unção, beijei sua mão alva.
Que fragrância à primeira floração traz!
Como se espalha, em um lindo murmúrio,
Embora esteja nos lábios tumba jazidos!
ERIC PONTY
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