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segunda-feira, março 22, 2021

Centro Multimeios em Espinho - Portugal - Década de 2000

 Caro Eric Ponty

Disse o nosso poeta que “poeta é um fingidor”. Ora cá está você para o provar.

Mentira que não pode vir; mentira que há um oceano que nos divide.

Você já cá está e o oceano nos uniu. (Provavelmente se cá estivesse não me daria um poema: apenas veria a exposição)

Juro que quando fiz este trabalho não estava a contar consigo. Foi muito estranho receber o seu poema. Até parece que ele fazia parte de tudo isto. (e fazia)

Bom, tomei a liberdade de o colocar junto dos outros que vão estar junto das fotografias. Serão todos impressos em películas soltas que estarão dispersas pela exposição. A ideia é sugerir ao público que encontre, com o poema solto, a sua imagem. Importante é que cada um se encontre (no poema e na imagem).

Creio que a poesia não se agradece, come-se.

Abraço transoceânico

Paulo Gaspar Ferreira


a decorrer no Centro Multimeios em Espinho no dia 10 de Março (sexta-feira) pelas 21.30 h.


Trata-se de um trabalho constituído por fotografias de pequenos fragmentos de algas do mar

que, juntas com poesia, acabaram por constituir esta exposição sobre a qual estou também a preparar

a publicação de um livro.


Acompanham as minhas imagens as poesias inéditas de


Nuno Júdice

Yao Jinming

Ana Hatherly

António Ramos Rosa

Casimiro de Brito

Paulo Teixeira

Luís Quintais

Albano Martins

Richard Burns

Ana Marques Gastão

Ban’ya Natsuishi

João Rui de Sousa

Fernando Guimarães

Fernando Echevarria

E. M. de Melo e Castro

Rosa Alice Branco

Maria Teresa Horta

Eric Ponty

Para além dos textos de Tiphaigne de La Roche e António Ramos Rosa.

“Toda arte, toda cultura aspira à universalidade e, por isso mesmo, realiza a superação do que é meramente particular, regional, nacional ou internacional. Essas categorias, de fato, ocultam a universalidade presente em toda experiência humana e que é função da arte revelar. Mas essa superação não se dá em abstrato, pela exclusão teórica desses fatores ou pela eleição de um deles como expressão do universal, e sim pela alquimia mesma da elaboração estética, cuja matéria é a própria vida – contraditória e inovadora.“

Ferreira Gullar – A vanguarda e seus limites [Conferência no II Congresso da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em outubro de 1982]

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