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quarta-feira, março 22, 2017

Dois Poemas Charles Baudelaire - Tradução Eric Ponty




Albatroz

Muitas vezes, divertidos si, homens navio
Pegam as grandes aves mares, albatrozes,
Corréus tão preguiçosos da viagem, que seguem
O navio que desliza através golfos amargos.

Dificilmente podiam tê-los convés navio,
Que reis tese do céu, inábil e vexado,
Lastimosos deixam seu grão asas brancas
Sujarem como remos que ao lado deles.

Viajante alado, quão fraco folga se torna!
Quem era tarde tão bela, quão bufo e feio!
Alguém brinca seu bico com ferro em brasa,
Outro imita, mancando, andar tão aleijado!

Poeta é quão do príncipe destas nuvens,
Assombra a tempestade e sorrir ao arqueiro;
Exilado na terra entre as pessoas gritando,
Suas asas gigantes só pintam perder.

Há Uma Passante

Em torno ensurdecedor ruído da rua,
Roupa luto, retrata angústia majestosa,
Toque com mão, só ergueu bainha vestido,
Mulher grandiosa passa com pés inquietos.

Ágil e nobre, com suas pernas estátuas
Ah, quão bebia, comoção como dum ser tão insano,
Seu olhar, céu bruno, donde brota o furacão,
Lá estava a doçura dotes e alegria destrói.

Um clarão - Então da noite ... Encanto fugaz!
Donde Olhar me levou a viver outra vez,
Não vou vê-la outra vez até vida é sobre!

Outro lugar, além .... Tarde, talvez jamais,
Porque não sei onde, nem tu, onde eu vou,
Ó tu que teria amado, ô tu que só sabes!
Charles Baudelaire – Tradução Eric Ponty

domingo, março 19, 2017

Romances sem Palavras - 5 - Paul Verlaine - Tradução Eric Ponty




Sua alegre som, indesejável de um cravo.
Petrus Borel.

O piano tocado com uma mão tão frágil
Brilha rosa e cinza da noite vagamente,
Embora com um ruído da asa muito leve
Um bom e velho, muito fraco e charmoso,
Ronda discreta, já quase que depurada,
Para o boudoir longo perfumado dela.

O que é, que de repente, tornar-se berço
Lento acarinha (afaga) meu pobre ser?
O que gosta de mim, música chata doce?

Que tu querias, afinal incerto coro
Que às vezes vão morrer até pela janela
Abra um pouco sobre do pequeno jardim?
Paul Verlaine - Tradução Eric Ponty

2 - Luz da noite - Rainer Maria Rilke – Verges – Trad. Eric Ponty



Luz da noite, minha confidente calma,
O meu cerne não é exposto por ti;
(Talvez a gente iria perdê-la;), mas a seu amor
Do lado sul é suavemente cintilado.
Ainda é você, lâmpada estudante,
Que querem o tempo seja leitor do tempo
pára, surpresa, e d'gama
Em seu livro, olhando para ti.
(E sua brandura remove um anjo.)
Rainer Maria Rilke – Verges – Trad. Eric Ponty