Eu era o
vencido a quem assediam,
presto a
vender cara seu sangue,
Quando, branca
na vestimenta de neve,
Tão bela, com
à frente humilde e altiva,
Uma Senhora
Vinho, sobre a nuvem
E com um
signo afugentou à carne.
Em uma
tempestade incógnita
de raiva e
gritos inumanos,
E
desgarrando sua garganta nua,
O Monstro
retomou seus caminhos
Pôr os
bosques cheios de amores atrozes,
E a Senhora,
juntando às mãos:
«Minha pobre
combatente que afundas,
disse, em vão
este dilema,
Trégua a vitórias
desgraçadas!
«Te chega um
socorro divino
De que sou
segura mensageira
para tua
salvação, ao fim possível».
—«ô minha Senhora
cuja voz querida
Alenta a um ferido
ansioso
de ver terminar
a guerra cruel,
«Vós que haveis
em um tom tão doce
Quando me anunciais
a boa nova,
minha Senhora,
quem sóis?».
—«Eu havia
nascido antes de todas causas
E também verei
o final de todos
Os efeitos,
estrelas e rosas.
«Ao mesmo tempo,
boa, sobre vós
homens débeis
e pobres mulheres,
Choro. e os
encontros loucos.
«Choro sobre
vossas tristes almas,
Tendo amor
por elas, tendo medo,
por elas, e
por seus desejos infames.
«Isto não é que
seja felicidade.
Cautela,
Alguém a quem amo o disse,
cautela,
temor ao que te suborna,
«vigiai,
temor do Dia Supremo!
Quem sou, me
perguntavas.
Meu nome submete
até aos anjos,
«sou o coração
da virtude,
sou a alma da
sabedoria,
Meu nome
incendia o Inferno pertinaz,
«sou a doçura
que reconstrói,
Amo a todos e
não acuso a nada,
Meu nome, é chão,
se chama promessa,
«Sou o único
hospede oportuno,
Eu digo ao
rei a linguagem verdadeira
Da manhã
rosa e da tarde escura.
«Sou à ORAÇÂO,
e meu fruto
Sendo teu
vicio na derrota aos mais distantes.
Meu
requisito: «Tu, sejas prudente».
—«Sim, minha
Senhora, e sejas me testemunha».
PAUL VERLAINE
TRAD. ERIC PONTY