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segunda-feira, abril 03, 2017
sexta-feira, março 31, 2017
Memória – Arthur Rimbaud - Tradução - Eric Tirado Viegas
Alexandrinos Clássicos em
branco
I
Água clara quão sal de lágrimas da infância,
Assalto ao sol alvura corpos destas fêmeas,
A seda pisada e lírio em pálido auriflama
Sobre muro onde alguma donzela defende.
Luta dos anjos – Não há corrente ouro em marcha,
Braço negro mover, denso, fresca erva. Ela
Dissipa antes céu azul a céu lê seu chamando
A Colina que da arca engelhar sua sombra.
II
Ah! Húmido do vitrô tende branco do caldo!
Move água ouro livor sem fundo demão dado
Deste vestido verde esmaecer das meninas
Faz salobro onde salta pássaro sem rédeas.
Mais puro Luiz lume amarelo pálpebra
Vigiar água — tua fé conjugal, ô esposa! —
Meio dia em ponto terno espelho de inveja
Ao céu gris do calor globo rosa comido.
III
Madame se tens mui em pé da pradaria,
Neva fio onde anexa labuta sombrinha
Aos dedos premente umbela mui vaidosa ela
Crianças explicar da verdura florescem.
Ler livro marroquim rubro! Hélas ele quão,
Dos Mil anjos brancos separar sobre via
Desvio distante serra! Ela ficando toda
Fria e negra curta! Após à partida homem!
IV
Lembrança braço grosso jovem erva pura!
Ouro lunar de abril santo leito! Alegria
Obras morador só deixado só às pressas
Tardinha longe faz rebentar podridão!
Dela presente abaixo da muralha! Hálito
Do álamo alto é para única da brisa
E depois no lençol sem fonte gris reflexo
Velho dragador barca inerte duma pena!
V
Jogo desse olho d´água morna não unir pode
Ô bote inerte! Oh! Braço mui curto! Nem uma
Flor nem outra flor: nem amarelo bule
Lá nem azul amigo água colorir cinza.
Ah! Salgueiros que pó dum alado sacode!
As rosas do rosal muito tempo devora
Meu bote sempre fixo em um curso tão teso
Fundo desse olho d´água sem margem — que lama
Eric
Tirado Viegas
quarta-feira, março 29, 2017
quarta-feira, março 22, 2017
Dois Poemas Charles Baudelaire - Tradução Eric Ponty
Albatroz
Muitas
vezes, divertidos si, homens navio
Pegam as
grandes aves mares, albatrozes,
Corréus tão
preguiçosos da viagem, que seguem
O navio que
desliza através golfos amargos.
Dificilmente
podiam tê-los convés navio,
Que reis
tese do céu, inábil e vexado,
Lastimosos
deixam seu grão asas brancas
Sujarem como
remos que ao lado deles.
Viajante
alado, quão fraco folga se torna!
Quem era tarde
tão bela, quão bufo e feio!
Alguém brinca
seu bico com ferro em brasa,
Outro imita,
mancando, andar tão aleijado!
Poeta é quão
do príncipe destas nuvens,
Assombra a
tempestade e sorrir ao arqueiro;
Exilado na
terra entre as pessoas gritando,
Suas asas gigantes
só pintam perder.
Há Uma
Passante
Em torno ensurdecedor
ruído da rua,
Roupa luto,
retrata angústia majestosa,
Toque com
mão, só ergueu bainha vestido,
Mulher grandiosa
passa com pés inquietos.
Ágil e
nobre, com suas pernas estátuas
Ah, quão bebia,
comoção como dum ser tão insano,
Seu olhar, céu
bruno, donde brota o furacão,
Lá estava a
doçura dotes e alegria destrói.
Um clarão -
Então da noite ... Encanto fugaz!
Donde Olhar
me levou a viver outra vez,
Não vou
vê-la outra vez até vida é sobre!
Outro lugar,
além .... Tarde, talvez jamais,
Porque não
sei onde, nem tu, onde eu vou,
Ó tu que teria
amado, ô tu que só sabes!
Charles
Baudelaire – Tradução Eric Ponty
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