Moreno, ardente,
Chegas sobre minha carne
Conduzindo-me a semente
De brilhantes
Olhares, admirados
De flores de laranjeira.
Pões vermelha a lua
E soluçantes
Os álamos seduzidos, mas vens
Demasiado tarde!
Hei já enrolado à noite do meu canto
Na estante!
Sem nenhum vento
Creia em mim
Reja, coração;
Reja, coração.
Ar do Norte
Urso branco do vento!
Faz-me caso!
Reja, coração;
Reja, coração.
Ar do Norte,
Urso branco vento
Chegas sobre minha carne
Tremente de auroras
Boreais
Com tua capa de espectro
Capitães
E sorrindo aos gritos
De Dante
Ô polidor de estrelas!
Porém chega
Demasiado tarde
Meu armário está musgoso
Hei perdido a chave.
Sem algum vento,
Creia em mim!
Reja, coração;
Reja, coração.
Brisas, gnomos e ventos
De alguma parte.
Moscas de rosa
De pétalas piramidais.
Alísios destetados
Entre as grosseiras árvores
Flautas na tormenta
Abandona-me!
Tem graves cadeias
Minha lembrança
E este prisioneiro pássaro
Que se esboça com trinos
À tarde.
As passagens que partem não retornam jamais
Juntamente o orbe conhece disso,
E entre o fulgente gentio dos ares
É baldado lamentar-se.
Não é veridicidade choupo, senhor da brisa?
É inculto lastimar-se.
Sem algum vento,
Creia em mim!
Reja, coração;
Reja, coração.
Trad. Eric Ponty
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