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segunda-feira, junho 12, 2017

Para Leitor - Charles Baudelaire - Tradução Eric Ponty



Estupidez, erro, pecado e pequeno vicio
Preocupam nossas mentes e agita nossa carne,
E nutrimos nosso amável remorso no peito,
Quão os mendigos se preocupam engordar piolhos.

Nossos pecados são acintosos, nosso pesar é fraco;
Nós vendemos nossas confissões por soma pronta,
E alegremente retornam à lama e à escória,
Confiando com vis lágrimas a lavar a mancha.

No coxim do pecado Satanismo Trismégistro
Quem acalma suas almas em encantamento,
E o metal rico da nossa vontade intencional
É total evaporado por este hábil químico.

É o Diabo que puxa as cordas nos fazem dançar!
Achamos atrações em coisas que repelem;
Cada dia, damos outro passo em direção ao Inferno,
Através cheiro e da sombra quão jaz em transe.

Quão um pobre beato vai abjeto e raiz
No peito há muito achacado duma velha puta,
Nós roubamos o prazer adepto dum secreto
Que esprememos como uma toronja velha.

Embalado, pulando quão um milhão de vermes,
Nossos cérebros são da orgia bestas arrasadas,
Quando respiramos, morte nos nossos pulmões
Descende, rio escuro de gemidos e torcidos.

Se nem estuprar vencer atinar disparar
Já acrescentou que deste seu bordado alegre
À tela banal feita com de nosso destino,
Nossa alma carece, hélas, da força de seu desejo.

Entre os chacais, as panteras, os linces,
Os macacos, escorpiões, abutres, cobras, iguanas,
A latirem, gritar, gemer, rastrear a fauna,
Em nossa infame coleção feita de vícios,

O mais feio, mais mal, o mais repelente
Embora não faça grandes gestos ou gritos altos,
Congratular-se-ia com esmagarmos a Terra
E, bocejando, engula todo este planeta;

Tédio! - Seu olho úmido com fúcsia não pode conter,
Ele sonha com andaimes ao fumar seu cachimbo.
Você conhece ele, leitor, esse monstruoso humor,
-Oh! Leitor hipócrita, meu amigo, meu irmão!
Tradução Eric Ponty

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