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sábado, maio 23, 2015

A urbe e as honras funerárias do arquiteto - Éric Ponty

               Os outros estudiosos advertem a respeito de carestias, concussões, conjuras a Pierre Chardin; ou então me distinguem lavras de pergaminhos de tons turquesa novamente descoberta, proposto com vantajosas descrições nas peles, recomendadas de sortimento de rolos adamascados. Pierre Chardin retornou de países também afastados e tudo o que tem a pronunciar são os aforismos que acertam a quem veste da brisa noturna na porta do claustro. No seu imo Pierre Chardin indagasse de para que convém, então, percorrer com tanta frequência? 
             É noite, estão sentados nas escadarias, inspirados pelas raias dum pouco de aragem. Quaisquer pais que palavras evoquem será visto por um observatório, apesar de que no lugar da morada apenas exista uma aldeia de e a brisa acarrete um cheiro de estuário lamacento.
           Para Chardin seu olhar a de quem esta abstrata e concentra, acolhe. Mas e o doutro atravessa arquipélagos, estepes, grilhetas de cordilheiras. Seria melhor nem sair de perto de Chardin.

             Todos alcançavam que, quando Pierre Chardin debatia, era para acompanhar mais perfeito o fio de sua arguição; e que as seus contragolpes e contradições deparavam espaço num preleção que advinha por cômputo próprio na cabeça de Chardin. Ou consistir em, entre eles não havia diferem se demandas e palavras-chaves eram proclamadas em alta voz ou se cada continuava a meditar em silencio. De acontecimento, jaziam silenciosos, os olhos semicerrados, calhados em travesseiros, ferindo nas contexturas, esbraseando longos cachimbos de âmbar.
        No imo arquitetavam contrapor que, quão mais se arrastava em adjacências incógnitas de urbes longínquas, mais perfeito envolvia as outras urbes que havia atravessado para chegar até a presença daquele filosofo francês, e reconstituía as etapas de suas excursões, e estudava a aceitar o transporto de onde havia zarpado, e os lugares familiares de seu viço, e os adjacências de habitação, duma pracinha em que corriam quando um dia foram meninos com ilusões de imortalidades e de esperanças. 
Éric Ponty

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