Pesquisar este blog

quarta-feira, outubro 17, 2012

Fábula de Eusebius Sophronius - Éric Ponty

Silente gruta, Eusebius Sophronius, após pressagiar brioso Éon; donde ouve ao além sibilar de abelhas dispersivas, perpetrando-lhe relerem cuidadosos manuscritos almejam ser vistos à priori se enleiam aos textos laicos latinos. Riológico abrolhado Adão e Eva lampejo raio solar esquiva terra à encurvada enseada, desvirtua-nos commodius vicus recirculação de entretextos, margens efígies espelhos, duns pés de página d´água almejam fluídas lhe envolvem á cantiga mui serena olvidada.

Eusebius Sophronius, em pé, tem à mão oblíqua lhe convém o encosto, enquanto com á destra iça à luz até à ascensão do semblante. Concebido três quartos, o semblante volvido á oblíqua. Fardagem grande túnica véu acolchoo. Capucho, descaído sobre as costas, parece avançar à túnica, findo por uma carona. Na mente lúcida totalizam-se à leitura textos latinos da Ode de Horácio:
Fortuna saevo laeta negotio et
ludum insolentem ludere pertinax
transmutat incertos honores
nunc mihi, nunc alii benigna.
 
No lume, visivelmente hexagonal, Eusebius Sophronius tem tão-só três lados palpáveis, sendo-lhe o principal encarnado remanente armar de alvitre qual Diógenes cata do homem olvidado oscitado à mente vertente esvaecido erudita memórias, talvez, só Cronos perceba-lhe à tez austera ao advertir-lhe do fim de Horácio.

Outro escólio brota-lhe ilusório erro ortográfico donde à efígie de L'Hermite grifada de L'Ermite. Etimologicamente, não emanaria então do grego eremites, eremos = ermo, mas, possivelmente Hermes.
Á esse respeito, podemos advertir precisamente nos alumbra Thot, remeter-se raio de Zeus apartando seres andróginos Platão, mas, diante severa escatologia, eis, nasceu à mente de Eusebius Sophronius  à efígie de Érebo donde dois entes agônicos pascem espelhos rubros de trevas dantescas quais duas pombas sobrevoando vergada enseada:
Quando leggemmo il disiato riso
esser basciato da cotanto amante,
questi, che mai da me non fia diviso,
la bocca mi basciò tutto tremante.

Galeotto fu ’l libro e chi lo scrisse:
quel giorno più non vi leggemmo avante.
Mentre che l’uno spirto questo disse,
l’altro piangea; sì che di pietade.

Riológico, pasce olvidar-se sobre as eras, o L'Hermite, Eusebius Sophronius  sorri no claustro, sabe todo não lhe passou ardil, murmuram ao longe abelhas de sonido real  qual dum espelho regas donde desanuviar-se das profanadas ideias.
Èric Ponty

Nenhum comentário: