Parabéns! Até a métrica francesa que é mais difícil
que a nossa.
----- Original Message -----
From: Eric Tirado Viegas
To: Ivo Barroso
Sent: Thursday, July 12, 2012 1:39
PM
Subject: brincando com os chatos boys do
facebook
Carrego comigo um sonho de “escolas de
leitura criativa” (“escolas” pode ser uma pretensão demasiadamente grande, uma
sala tranquila e uma mesa já bastariam). Precisaríamos partir do nível mais
simples e, portanto, o mais rigoroso quanto à integridade do material.
Precisaríamos aprender a decompor as frases em seus elementos constituintes e
analisar gramaticalmente nosso texto, pois, como Roman Jakobson já nos
ensinou, não terá acesso à gramática da poesia, aos nervos e aos tendões do
poema, aquele não enxergar a poesia da gramatica. Teríamos que aprender
novamente sobre métrica, sobre escanção do verso, saberes tão corriqueiros
para qualquer menino de escola da era vitoriana. Precisaríamos fazer isso não
por pedantismo, mas pelo fato irrefutável de que em toda poesia – e em uma boa
parte do poema – a métrica é a música que controla o pensamento e a
emoção.
Leitor incomum – George Steiner – Nenhuma
paixão desperdiçada - Record
P.s: Sêu Steiner posso entrar para
sua escola? Acho que já sei escandir versos.Escandido os mestres
La Muse malade
Ma\ pau\vre\ mu\se\, hé\las\! qu'as\-tu\ donc\ ce\ ma\tin? se hé/ pronuncia-se zelás
Tes\ yeux\ creux\ sont\ peu\plés\ de\ vi\si\ons\ noc\turnes, perfeito, é mesmo vi/si/ons e não vi/sions como em português
Et\ je\ vois\ tour à\ to\ur\ ré\flé\chis\ sur\ ton\ teint tour/ à/ tour
La\ fo\li\e et\ l'hor\reur\, froi\des\ et\ ta\ci\turnes. perfeito
Le\ su\ccu\be\ ver\dâ\tre et\ le\ ro\se\ lu\tin
T'ont\-ils\ ver\sé\ la pe\ur et \l'a\mo\ur de\ leurs \urnes? peur (monossílabo)
Le\ cau\che\mar\, d'un\ po\ing\ des\po\ti\que et\ mu\tin poing também é monossílabo
T'a-\t-il\ no\yée au\ fond\ d'u\ fa\bu\leux\ Min\turnes? noy/ée
Je\ vou\drais\ qu'ex\ha\lant\ l'o\de\ur\ de la\ san\té
Ton\ sein\ de\ pen\sers\ forts\ fût\ tou\jours\ fré\quen\té,
Et\ que\ ton\ sang\ chré\ti\en\ cou\lât à \flots\ ryth\miques,
Com\me les\ sons\ nom\bre\ux\ des\ sy\lla\bes\ an\tiques,
Où\ rè\g\nent\ to\ur à \to\ur le\ pè\re\ d es\ chan\sons,
Phoe\bus, et le\ grand\ Pan\, le\ sei\gne\ur\ des\ mo\issons.
— Charles Baudelaire
A divina Comedia - Canto 1
Nel\ mez\zo\ del\ cam\min\ di\ nos\tra\vita
2 mi\ ri\tro\vai\ per\ u\na\ sel\va os\cura
3 ché\ la\ di\ri\tta\ via\ e\ra\ smar\rita.
4 Ahi\ quan\to a\ dir\ qual\ e\ra è\ co\sa\ dura
5 es\ta\ sel\va\ sel\va\ggia e\ as\pra e\ forte
6 che\ nel\ pen\si\er\ ri\no\va \la\ paura!
7 Tant'è\ a\ma\ra\ che\ po\co è\ più\ morte;
8 ma\ per\ tra\ttar\ del\ ben\ ch'i'\ vi\ tro\vai,
9 di\rò\ de l'al\tre\ co\se\ ch'i' \v'ho\ scorte.
10 I\o\ non\ so\ ben\ ri\dir\ com\'i'\ v'intrai,
11 tant\'e\ra\ pi\en\ di\ son\no a\ quel\ punto
12 che\ la\ ve\ra\ce\ vi\a a\bban\do\nai.
13 Ma\ poi\ ch'i\' fu\i al\ piè\ d'un\ co\lle\ giunto,
14 là\ do\ve\ ter\mi\na\va\ qu e\lla\valle
15 che\ m'a\vea\ di\ pau\ra \il\ cor\ com\punto,
Dante Aliguiere
Largo es\pec\tro\ de\ pla\ta\ con\mo\vida
el\ vi\en\to\ de la\ no\che\ sus\pi\rando
a\brió\ con\ ma\no\ gris\ mi\ vi\e\ja herida
y\ se a\le\jó\; yo\ es\ta\ba\ de\seando.
Lla\ga\ de a\mor\ que\ me\ da\rá\ la\ vida
per\pe\tua\ san\gre y\ pu\ra\ luz\ bro\tando.
Grie\ta en\ que\ Fi\lo\me\na en\mu\de\cida
ten\drá\ bos\que\, do\lor\ y\ ni\do\ blando.
¡Ay\ qué\ dul\ce\ ru\mor\ en\ mi\ ca\beza!
Me\ ten\de\ré\ jun\to a \la\ flor\ sen\cilla
don\de\ flo\ta\ sin\ al\ma\ tu\ be\lleza.
Y el\ a\gua er\ran\te\ se\ pon\drá a\ma\rilla,
mien\tras\ co\rre\ mi\ san\gre\ en\ la\ ma\leza
o\lo\ro\sa y \mo\ja\da\ de la\ o\rilla.
Soneto - Amor- Federico Garcia Lorca
SONNET 1 - Shaskespare
Ce\sar\, when\ that\ the\ tray\tor\ of\ E\gipt,
With\ tho\no\ra\ble \hed\ did\ him \pre\sent,
Co\ve\ring\ his\ glad\nes\, did\ re\pre\sent
Playnt\ with\ his\ te\res\ ow\te\ward, as it\ is\ writt ;
And\ Ha\nny\ball\, e\ke, when\ for\tu\ne him\ shitt
Cle\ne\ from\ his\ rei\gn, and\ from\ all\ his in\tent
Laught\ to his\ fol\ke\, whom\ so\rrowe did\ tor\ment,
His\ cruel\ dis\pi\te\ for\ to\ dis\-gor\ge and qwit.
So\ chaun\ceth it \oft\, that\ e\very\ pa\ssi\on
The\ mind\ hi\deth\, by\ co\lor\ con\tra\ry,
With\ fay\ned\ vi\sa\ge\, now\ sad\, now\ mery :
Whe\re\by if\ I \laught\, any\ ty\me or\ sea\son,
It \is\ : for\ bi\cau\se I ha\ve\ no\ther\ way
To\ clo\ke my\ ca\re, but\ un\der\ sport and\ play.
Nenhum comentário:
Postar um comentário